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Por mais complicada que seja a situação, existe uma solução. As adversidades e circunstâncias cegam a nossa visão de um futuro melhor, de uma saída. Nesses momentos é preciso ter fé em quem te escolheu, força para resistir e colocar as ideias em ação. Houve um período que o dólar estava valendo R$2 no Brasil, e isso aumentou a importação de produtos. Trabalhávamos com importação, isso aumentaria os concorrentes diretos da Herrera, nossa primeira empresa.

Nossa filha Julie tinha acabado de nascer, a Herreira estava com um ano e meio e em fase de crescimento, o preço do Dólar colocaria todo nosso sonho em xeque. Mas como eu disse, sempre existe uma solução.

Surgiu então a oportunidade que mudaria toda situação: ingressar na Aulore, com a Renata e a Patrícia, minha esposa, parceira e companheira. A grande sacada era proteger a Herreira, aproveitando minha experiência internacional no mundo dos negócios. Tudo isso se aliou ao desejo que eu já tinha em atuar com importação e exportação. Agora, além de importar e exportar os produtos para nossa empresa, também atuávamos no processo de exportação de outras empresas.

A vida é assim, é “chorar ou vender lenços.” Quando tudo estiver aparentemente perdido, pare, pense, reaja. Às vezes aquilo que vemos como nosso maior problema, é, na verdade, a oportunidade para nossa melhor solução.

Tentamos abrir um negócio na Itália, mas as coisas não foram do jeito que a gente esperava. Primeiramente fizemos um lançamento na Praça de Duomo juntamente com o embaixador do Brasil, mas não tínhamos a menor noção da complexidade que era fazer essa gestão a distância.

O nosso produto não atendia a cultura local. A nossa empresa trabalhava com peças exuberantes e os italianos preferiam peças mais clássicas e minimalistas. Mesmo prospectando alguns clientes, resolvemos interromper nossas atividades na Itália e focarmos no mercado brasileiro.

Por Alexandre Caramaschi
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Trabalhar com a esposa e não misturar pessoal com profissional é uma lenda urbana. Não existe isso! A não ser que o casamento seja ruim. Não existe aquele botão mágico que você liga e agora você e sua esposa são apenas sócios e quando chegam em casa desliga-se o botão e vocês agora são apenas cônjuges. O bom do desafio é unir esses dois mundos e saber lidar com as conquistas e os percalços sem enfraquecer a chama do amor.

É importante ressaltar que eu e a Patrícia éramos funcionários antes de começarmos a empreender. Mas de repente, aquele vulcão interior do empreendedorismo entrou em erupção.

Pedi demissão e junto com um ex-chefe da Brasil Telecom abri um Dealer, um canal de vendas pela internet para vender serviços da Brasil Telecom. Nele, vendíamos planos de telefonia, mas infelizmente não deu certo.

O início da Primeira Empresa:
O nosso objetivo era fazer feiras internacionais. Conhecemos Hong Kong, Coreia do Sul, Tailândia, Itália, Alemanha, Turquia e Estados Unidos, tudo neste segmento de joias, semijóias, acessórios, maquinários e pedras.

As viagens nos proporcionaram muito mais que aprendizado comercial, mas muito conhecimento de novas culturas e costumes.

Por Alexandre Caramaschi
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É preciso entender que antes de criticar o próximo, precisamos reavaliar a nossa própria forma de pensar e agir.

Então, caso seja necessário dar um feedback a uma pessoa, comece falando que você também já errou bastante na vida e que notou que a pessoa cometeu o mesmo erro que você cometia. Isso causará uma certa empatia.

Um exemplo legal, que se encaixa nessa pílula, é sobre a construção desse projeto. Sempre fui ansioso e ligado no 220v. Outro dia, notei que um dos meus colaboradores estava em um alto nível de ansiedade para acertar o serviço e o mandei, naquele momento, descansar para reavaliar as ideias.

Por Alexandre Caramaschi

Por Alexandre Caramaschi

Me vejo nessa frase da Mariana Moreno. Vou te explicar como isso se aplica a minha trajetória. Quem se propõe a empreender, deve estar ciente que nem tudo são flores, nem um mar de rosas. Vai ter espinhos e tempestades pelo caminho.

Então resolvemos empreender na Itália, fizemos todo planejamento necessário, aos nossos olhos. Inclusive um evento de lançamento na praça de Duomo, onde contamos com a presença ilustre do Embaixador do Brasil. Á primeira vista, tínhamos tudo para dar certo. Mas, não deu. Entre tudo que planejamos, ficou de fora alguns pontos importantes no negócio: a complexidade da gestão à distância e a cultura local.

Mesmo com nossas atenções voltadas para o negócio, estar perto faz toda diferença. Acompanhar o crescimento, a evolução, as oportunidades que surgem e não voltam. Um empreendimento é como uma criança que você cuida do crescimento para evoluir a cada dia dentro daquilo que você acredita ser o melhor para o presente e o futuro. Apesar do foco, não estávamos totalmente presentes. Falhamos na criação e gestão.Outro detalhe foi a cultura local. Criamos uma empresa que produzia peças mais exuberantes. Na Itália, a preferência era por peças mais clássicas, minimalistas. Não desistimos facilmente, chegamos a prospectar alguns clientes, porém sem sucesso. Então interrompemos nossas atividades na Itália para focar nas atividades no Brasil.

Não estou aqui pra dizer que você deve se acostumar a perder. Não, jamais. Mas que você deve procurar nas experiências negativas, onde você errou, onde falhou, que lição isso trouxe e como isso pode ser usado pra não cometer os mesmos erros. Dessa forma, é possível recomeçar com mais experiência, conhecendo melhor o território e aprimorando a estratégia para chegar lá.

Por Alexandre Caramaschi
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